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A Entrevista – Especial «Água de Mar»

A Televisão
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António Camelier, Tiago Costa e Pedro Martins integram o elenco de Água de Mar, uma novela urbana e atual que se desenrola na Praia das Conchas. Água de Mar conta com um elenco de luxo, e promete animar os serões da estação pública, onde em cada episódio tudo pode acontecer e onde existirão diferentes linhas de história que se cruzam entre si.

1 A Entrevista - Especial «Água De Mar»

Como é que estão a correr as gravações de Água de Mar?

Tiago Costa – Estão a correr muito bem. O ritmo de gravações por vezes é exigente, mas tem sido uma experiência fantástica – não só porque o grupo de atores e equipa é fantástico, mas também pela parte musical, que era uma área mais sensível para mim.

António Camelier – Têm estado a correr muito bem. Estou muito contente por fazer parte deste projeto.

Pedro Martins – Acabei há poucos dias as gravações. Foi muito divertido e fiz grandes amigos. Adorei a experiência e espero ter oportunidade de trabalhar com estas pessoas de novo. As saudades são muitas e o último dia foi um dia nostálgico.

Esta novela foi lançada quase assumidamente como um registo mais juvenil, também tentando captar outras faixas etárias. É bom regressar a este registo?

TC – Sim. Embora não seja totalmente juvenil, acho que capta vários tipos de realidades presentes nesta nossa sociedade. O facto de serem episódios fechados faz com que o espetador não tenha de seguir todos os episódios religiosamente para perceber minimamente a história. Esse é um ponto a favor.

AC – É bom voltar a trabalhar. Sendo num registo juvenil ou não, para mim o importante é o projeto em si, as pessoas que fazem parte e a mensagem que pretende transmitir. Acho inteligente a forma como conseguiram, através dos diferentes núcleos e histórias, captar a atenção das diferentes faixas etárias.

O facto de os episódios serem fechados é um ponto a favor da novela?

PM – Penso que é. Existe uma história fixa todos os episódios e também um história contínua (com formato mais novela). Acho que é um ponto interessante. Resta ao público decidir o que acha, mas até agora acho que está a correr relativamente bem.

Tiago, fala-me sobre a tua personagem.

TC – A minha personagem é o Gonçalo, um rapaz apaixonado pela música e que vive uma dualidade amorosa quando conhece a Mel (Mariana Marques Guedes) e a ouve cantar. É uma pessoa muito agarrada à família e aos amigos, bom samaritano e um exímio nadador salvador. (risos)

É fácil sair da pele do Tiago e entrar em modo Gonçalo Barahona?

TC – Há todo um trabalho de pesquisa por trás que foi conseguido com ensaios com os colegas, os realizadores e a direção de atores. O Gonçalo torna-se assim uma pessoa muito calma, a menos que lhe pisem os calcanhares, seja no trabalho, no amor ou na família.

E quanto a ti, António, é fácil entrar em modo Afonso Moura?

AC – Seria mais fácil se eu não vivesse tanto as personagens que interpreto… (risos) Mas não, não é difícil! Eu «empresto» muito da minha pessoa ao Afonso. Apesar de termos personalidades muito diferentes, eu também sou uma pessoa naturalmente bem disposta, boa onda e amante do desporto.

Pedro, vês uma grande diferença entre ti e o Frederico Osório?

PM – Por um lado a mudança não é tanta, por outro a mudança é gigante. Sou aluno de Engenharia no IST (Instituto Superior Técnico), o que me torna interessado em tecnologia e ciências. Mas o Fred leva ao extremo e é um génio naquilo. Uma grande parecença é a minha relação com amigos. Uma das coisas que mais gosto no Fred é a relação que tem com o Afonso e o Fred: sempre a mandarem bocas, a gozarem uns com os outros, mas gostam muito uns dos outros.

A Coral é uma produtora que agora decidiu apostar em ficção. Como é que é trabalhar com esta nova equipa?

TC – É fantástico devido ao simples facto de funcionar em modo familiar. É uma equipa de pessoas maioritariamente novas, cheias de vontade de trabalhar e de fazer boa ficção. Cresce assim um modo de trabalhar muito mais fluído e com uma excelente energia que nos motiva, dia após dia, para irmos trabalhar com uma sede enorme.

AC – Tem sido fantástico. É um privilégio fazer parte deste primeiro projeto da Coral em ficção. Na minha opinião, foi uma decisão corajosa e ambiciosa produzir uma série com uma logística tão grande. Nota-se que há uma grande vontade em tornar este produto um sucesso; e o empenho e solidariedade entre atores, produção e equipa técnica é evidente.

PM – Muita gente da equipa já conhecia de outros projetos. São uma grande familia que espero que continue a existir por anos e anos. Eu gostei muito de trabalhar com eles.

Sentiam falta de uma série onde pudessem estar a conviver com o exterior?

TC – Sim, principalmente porque esta temporada vive muito da praia na Foz do Arelho que, em conjugação com todo o trabalho realizado em estúdio, faz com que nós (atores) estejamos constantemente a fazer viagens entre Lisboa e a Foz do Arelho. Pode ser vantajoso no sentido que uma hora de viagem dá para fechar os olhos e recuperar energias.

AC – Sem dúvida! Nesse aspeto tive sorte, pois faço parte do núcleo da praia e gravo maioritariamente na Foz do Arelho.

PM – Felizmente tive oportunidade de fazer uma novela onde os exteriores eram filmados em Angola e no estúdio em Portugal. Dá muito mais gozo ter as duas vertentes e até mesmo filmar fora de Lisboa, como foi a Água de Mar. Conhecemos sítios novos e convivemos com os colegas de outra maneira.

2 A Entrevista - Especial «Água De Mar»

O que é que acreditam que seja a fórmula de sucesso para esta novela vingar no público?

TC – Acredito sinceramente que seja uma lufada de ar fresco na ficção nacional devido ao simples facto de haver uma pluralidade de temas abordados. Não se exclui o drama, tal como não se exclui de todo a comédia ou o suspense criado pela narrativa. Estes fatores agregados aos bons atores presentes no elenco e com uma pitada de ação pelo meio serão, acredito eu, bem recebidos pelo público em geral.

AC – São vários! O facto de ser uma novela com um formato de série e os episódios serem fechados dá-lhe um certo twist que não encontramos na maioria das produções. Para além disso, é uma novela que consegue através de diferentes núcleos e histórias captar a atenção de vários públicos.

PM – Gente nova, gente experiente que sabe muito bem o que está a fazer. Histórias frescas mas também histórias pesadas. Esta série tem tudo o que se pode pedir e abrange público de várias faixas etárias.

Água de Mar tem o selo de qualidade de José Eduardo Moniz, que está a assinar a ideia original e a supervisão deste projeto.

TC – É uma pessoa que tem muitos anos de ficção e sabe exatamente o que pode resultar e o que não resulta de todo. O trabalho por trás deste projeto é notório, bem como as palavras de motivação e a presença assídua no nosso quotidiano laboral, o que faz realmente deste senhor, o «Senhor Televisão».

AC – José Eduardo Moniz dispensa apresentações. O facto de ter a mão deste «Senhor Televisão» torna este projeto um desafio ainda maior e uma motivação adicional a todos os que fazem parte do mesmo.

PM – Comecei num projeto na TVI onde José Eduardo Moniz era diretor de programação. Passado estes anos todos ainda acredita em mim e é bom sentir isso. E também sei que estou em boas mãos.

Dizem os críticos que Água de Mar são uns Morangos com Açúcar assim numa versão mais adulta. A comparação é pertinente?

TC – Sim, a comparação é pertinente. Embora eu ache que esta série tem como objetivo envolver o público de uma faixa etária mais alargada.

AC – Eu participei nos Morangos com Açúcar e entendo que haja comparações devido à forte componente juvenil que esta série tem. No entanto, e a meu ver, creio que são produtos completamente distintos.

PM – Acho que é fácil fazer a comparação por haver atores dos Morangos, nadadores salvadores e praia. A realização é diferente, a escrita é diferente, a experiência é outra.

Estão atentos às audiências?

TC – Sim, claro. Sabemos exatamente quem são os líderes e onde é que nos qualificamos nessa tabela tão desejada. Todos os dias trabalhamos para subir mais um pouco.

AC – A televisão vive das audiências, portanto, é legítimo que haja uma certa curiosidade em tentar perceber a aceitação e o impacto da série no público. A preocupação, essa, é apenas em focar-me e realizar o meu trabalho da melhor forma.

PM – Vou ser sincero… Não estou atento, mas sei que não têm sido espetaculares. É um assunto que preocupa toda a gente, mas só temos que fazer o nosso trabalho da melhor maneira e acreditar no projeto.

Um mês e meio após o arranque de Água de Mar, a RTP1 alterou o horário de exibição da novela. Pedro, reagiste bem a esta mudança?

PM – Já era uma opção desde o início. Lembro-me de estar na apresentação à imprensa e falarem-me dessa situação. Não vejo de uma má forma, apenas um opção da RTP para agradar mais ao público.

A profissão de ator pode ser muito instável. Se algum dia ficarem sem trabalho, acham que vão lidar bem com a situação?

TC – Ninguém lida bem com a falta de trabalho. O que diferencia as pessoas nesse sentido é a proatividade. Quando não há, cria-se. Como eu digo sempre: haja vontade.

AC – Acho que não saberei lidar quando tiver um trabalho certo como ator.

Pedro, recuando agora no tempo, como descreves a fase dos Batanetes?

PM – Não há maneira de descrever. O primeiro projeto é sempre o primeiro. Foi uma produção muito bem conseguida, os meios eram muito bons e o grupo muito bom. Aprendi muito do que sei hoje e diverti-me mais que nunca. Vou guardar para sempre esses tempos.

Achas que faz falta um programa de humor deste género na televisão portuguesa?

Acho que tudo tem o seu tempo. Não sei como seria aceite hoje em dia, mas a verdade é que os Batanetes nunca parou de dar e talvez o público português goste do formato.

As pessoas ainda te chamam Toninho?

PM – Raro reconhecerem-me dos Batanetes, só quando é mencionado. Nem os meus colegas da altura me reconhecem (por exemplo, Vítor de Sousa e João Cabral que fazem a Água de Mar e no primeiro dia não me reconheceram). Por outro lado, ainda sou conhecido como «Batanete» pelos meus amigos.

E como tem sido a abordagem na rua?

A abordagem na rua até agora tem sido boa, pedem para tirar fotografias e falar um pouco. Sou muito tímido nessas situações, mas sabe sempre bem ouvir falar bem do nosso trabalho.

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