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A Entrevista – Diogo Dias: «Nesta altura da vida não meto restrições a nada»

A Televisão
9 min leitura

Diz que vai estar para sempre ligado à MTV Portugal, mas também não coloca restrições a nada. Concilia a apresentação com a música e espera que nunca lhe peçam para escolher apenas uma das duas áreas. «Não me veria a escolher apenas um destes caminhos», confessou ao nosso site. Diogo Dias é conhecido do grande público desde 2004, ano em que se estreou na MTV, e faz agora uma retrospetiva da sua carreira.

Estás na MTV Portugal desde 2004. Satisfeito com o teu trabalho no canal?

Sei que grande parte da pessoa que sou hoje em dia se deve a este canal e às pessoas que lá trabalham e trabalharam. É claro que nem tudo poderia ser perfeito, mas é isso que torna cada vitória mais especial, e sei que já tive muitas vitórias neste canal e quero alcançar muitas mais.

12 anos é muito tempo. Qual o segredo para todos estes anos a trabalhar, sempre motivado?

Vou ter de ser um pouco cliché, mas é a mais pura das verdades: quando fazes o que gostas, o trabalho não custa; é algo que sentes falta e de que precisas para te sentires completo. Para ajudar ainda mais, ao longo deste tempo todo, tive o privilégio de trabalhar com pessoas que me ensinaram muito e que se tornaram efectivamente meus amigos. Temos um ambiente de trabalho muito particular dentro da MTV, e eu sei que não são todas as pessoas que se podem gabar disso. Acima de tudo, é graças a esses dois fatores, fazer o que gosto e trabalhar com pessoas de quem gosto e respeito muito.

O quão especial é a tua relação com a MTV?

É praticamente uma segunda casa. Conheço o seu ADN na totalidade. Se no início conhecia apenas a minha área dentro da empresa, hoje em dia acabo por conhecer um pouco de tudo, e para além de trabalho levo muitas relações de amizade para a vida. Sei que mesmo que saia amanhã, estarei para sempre ligado a este canal.

Desde a estreia do canal em Portugal até hoje, como descreves a evolução da MTV Portugal?

Muito mudou desde o início da MTV em Portugal. A indústria da música mudou, e o canal teve de acompanhar essas mudanças. Antigamente éramos Music Television, hoje em dia somos um canal de entretenimento. Sei que muitas pessoas criticam isso, mas a internet veio mudar radicalmente a génese da MTV. Qual o sentido que faz teres um canal só com vídeos musicais, quando podes pesquisar esses mesmos vídeos a qualquer hora na internet? Mesmo assim continuamos a ser o canal que mais apoia e promove a musica portuguesa, e isso deixa-me extremamente orgulhoso, como VJ e como músico.

No dia das mentiras, a MTV Portugal anunciou a produção de um Jersey Shore em Vilamoura. Houve muita gente que não «topou» a brincadeira e vibrou com a novidade. Achas que este reality show em Portugal teria uma boa recetividade?

Tenho a certeza que sim. Muitas pessoas contactaram a MTV para saber como se inscrever. Acho mesmo que as pessoas estão sedentas por um conteúdo assim, mas à maneira da MTV. Por enquanto ainda não aconteceu.

A hipótese já esteve em cima da mesa?

Claro que já esteve, e ainda está em aberto, mas são formatos que são extremamente caros e complexos de se fazerem, mas quem sabe um dia.

Que formato gostarias que fosse adaptado para Portugal?

Como amante da música, adoraria ver muitos dos meus programas de infância da MTV novamente no ar, e numa versão nacional. Alternative Nation, MTV Unplugged, Storytelling , entre outros. Dos últimos programas de música que fiz, foi o Brand New Tapete. Adorei a experiência e adoraria repetir, e porque não um TRL?

Costumas fazer muitas reportagens na rua. Qual o momento mais caricato que já passaste com um entrevistado?

Difícil de escolher um. Já fui ameaçado fisicamente pelo baterista dos Morbid Angels, já fui entrevistado pelo Dave Grohl, já pedi a Katy Perry em casamento e ela aceitou, já tive a Fergie dos Black Eyed peas no meu colo a cantar-me uma música ao ouvido, troquei cromos de caderneta com o Ed Sheeran, acabei uma reportagem num iate com a entourage toda do Snoop Dogg e os Chemical Brothers a tocar… Enfim, escolher uma história no meio de tantas fica complicado.

E de todas as apresentadoras que já passaram pela MTV, e que foram tuas colegas, há alguma em especial que deixe saudades?

Todas deixam saudades. Adorei trabalhar com a Filomena Cautela, com a Luísa Barbosa, com a Ana Sofia Martins e agora com a Diana Taveira. Todas elas são excelentes profissionais, e ótimas amigas. Cá está, quando tens um bom ambiente de trabalho, as coisas parecem que fluem com mais naturalidade. As quatro são grande mulheres, com personalidades diferentes, mas todas elas muito focadas. Sabem o que querem, e é um enorme privilégio ter tido a oportunidade de trabalhar com todas elas.

Enquanto apresentador, quais são as tuas grandes ambições?

Nunca escondi que tudo o que faço, ou fiz profissionalmente, tem a ver com música. Fiz teatro, apresento um canal e tenho uma banda que são os Klepht. O único fator em comum em tudo é a música. É um privilégio poder trabalhar com música em todas estas vertentes, mas sou uma pessoa ambiciosa. As novas experiências nunca me assustaram, e como tal gostaria de variar e experimentar outras áreas dentro da televisão. A parte documental fascina-me, os programas de talentos também parecem um desafio interessante, um talkshow, ou mesmo formatos nunca dantes feitos em Portugal. Nesta altura da vida não meto restrições a nada. Acho que as pessoas crescem profissionalmente por arriscarem e por aceitarem novos desafios.

Se só te deixassem escolher entre uma destas áreas – apresentação ou música –, qual seria o ponto da situação do teu coração?

Vivemos numa época em que uma pessoa não se pode especializar apenas numa área. Comecei por fazer música, depois fiz teatro, e depois televisão. Pelo caminho apaixonei-me pelo meu papel de VJ, mas desenvolvi outras competências que adoro explorar, como a realização, filmagem e edição. Não me veria a escolher apenas um destes caminhos. Se me fosse colocada essa restrição, provavelmente escolheria outro sitio para trabalhar, um sítio onde pudesse desenvolver todas estas áreas. Acho que muitas vezes elas são complementares.

As MTV Summer Sessions estão mesmo à porta. O que podemos esperar das festas deste ano?

É costume dizer-se que à terceira é de vez. Se os dois primeiros anos foram excelentes, acho que se pode dizer que ao terceiro ano as Summer Sessions atingem uma maturidade, e com isso vem o limar das arestas. Aquilo que correu menos bem nos dois primeiros anos foi corrigido, e como tal não tenho dúvidas nenhumas que este será o melhor ano de sempre das Summer Sessions. Estou ansioso!

Saiba o que esperar das MTV Summer Sessions 2016:

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