A Entrevista – Catarina Camacho

O A Televisão foi conhecer uma das caras do Verão Total da RTP1. Chama-se Catarina Camacho, tem 31 anos, é conhecida como a «gulosa» do grupo (não resiste às tentações gastronómicas) e ambiciona apresentar um programa do género Jogos sem Fronteiras. Aqui fica a entrevista a Catarina Camacho, sem qualquer fronteira.

Catarina, o Verão está a ser Total?

Absolutamente total! Com este programa que tem percorrido o país de norte a sul é impossível não ser absolutamente total. Total em emoções, total em adrenalina, total em aventuras… Enfim, o mais total possível.

Como é trabalhar com o Malato?

Olha, foi a primeira vez, por incrível que pareça – em sete anos de televisão –, que eu estive assim lado a lado com o Malato a apresentarmos um programa. O Malato é obviamente um peso, um marco na televisão, não é? E já o conhecia de outros programas, mais até de bastidores do que propriamente trabalhar com ele, e ele é igual ao que é a trabalhar ou sem estar a trabalhar. É aquela animação e aquele improviso constante em que uma pessoa tem que estar sempre lá, sempre atenta.

Em construção e em desconstrução, não é?

Sim, em construção e em descontrução! Gostei dessa frase.

Não tens medo de te perder com tantas horas de direto?

Não. Por incrível que pareça, estas seis horas que nós estamos no ar passam num instante, passam a correr. Eu não me apercebo quando me dizem «Olha, já está quase a acabar. Estamos na última parte» e eu penso «Meu Deus! Isto foi tão depressa, que passou mesmo num instante». Um dia, seis horas a correr, parece que passou uma ou duas horas. E não tenho esse problema de no meio de tanto conteúdo andar perdida, porque temos uma equipa que está sempre atenta e que está sempre connosco, e que nos orienta muito bem os alinhamentos (acabam por não ser seguidos à regra, por diversas eventualidades). Mas nunca nos sentimos perdidos, como é óbvio.

Gostas mais deste tipo de programas assim na rua ou preferes em estúdio?

São dois registos diferentes. Aqui, quando estamos na rua, estamos a sentir o feedback imediato das pessoas; e isso é incrível. Num estúdio, não temos tão de imediato (quer dizer, agora com as redes sociais acabamos por ter ali um feedback muito direto), mas eu arrisco-me a dizer que prefiro os exteriores. Acho que sim.

Se tivesses que escrever ou organizar um programa para ti, como é que seria?

Eu gosto de concursos fora de paredes. Sempre gostei de uma coisa do género Jogos Sem Fronteiras. Se eu tivesse que escolher, seria uma coisa desse estilo.

Na tua opinião, a RTP, enquanto estação pública, tem a responsabilidade de divulgar as novas empresas, os novos artistas, a música…?

Eu acho que a televisão tem essa responsabilidade, independentemente de ser serviço público ou não. A partir do momento em que nós passamos a ter o poder (nós, isto é, as televisões) de mostrar aquilo que existe no país, devem-no fazer, obviamente.

Em relação aos concursos dos números 760, não achas que as pessoas já estão a ficar cansadas? Para ti, não é difícil fazer esses segmentos?

Para mim não é difícil, é simplesmente novo. É algo que nós não estávamos habituados a fazer e começámos a fazer. Nós sabemos que o país está em crise, todos nós não estamos a atravessar os melhores momentos da nossa vida (financeira) e esta é apenas mais uma hipótese que as pessoas têm de conseguir ganhar um extra. É um jogo como outro qualquer, como existe o Totoloto, como existe o Euromilhões, as raspadinhas, etc. É simplesmente mais uma oportunidade que as pessoas têm.

Continuas muito elegante e muito bonita. Tens resistido às tentações gastronómicas que passam pelo Verão Total…

Ainda por cima sou a mais gulosa de todos! Sou mesmo conhecida pela «gulosa». Não consigo resistir a todas as iguarias que nos aparecem, mas tenho um ritmo que me permite compensar com exercício físico (faço diariamente). Por isso, não deixo de comer as minhas coisinhas docinhas, mas compenso com o exercício físico.

eduardo.lopes@atelevisao.com