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A Entrevista – Luís Filipe Borges

A Televisão
9 min leitura

A Entrevista Boinas A Entrevista - Luís Filipe Borges

Seis meses depois do final da quinta série, o 5 Para a Meia-Noite está a pouco mais de 24 horas de regressar à antena. Dois novos apresentadores, um novo estúdio, mais público e, sobretudo, num novo canal. E, depois de quatro temporadas a desejar bom fim-de-semana aos seguidores do programa e de uma a recebê-los às terças-feiras, Luís Filipe Borges tem agora a missão de abrir a semana.

A Televisão esteve à conversa com o Boinas, que nos falou sobre as suas expectativas e aquilo que vai mudar nesta nova temporada. As saídas de Carla Vasconcelos e Luísa Barbosa, bem como as entradas de Nuno Markl e José Pedro Vasconcelos foram outros temas em cima da mesa.

E, a partir de agora, “a semana já não começa às sextas-feiras”. Luís Filipe Borges, em discurso direto.

[quote]tenho a certeza absoluta, de que façamos, nós, o que fizermos, vai haver sempre uma pequena franja de pessoas, que, pelo simples facto de ser na RTP1, vai dizer ‘oh antigamente é que era bom, o primeiro álbum deles é que era espectacular, a partir daí não’[/quote]

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A Televisão – O que podemos esperar desta sexta temporada do 5 Para a Meia-Noite?

Vai ser a melhor de sempre, ou, pelo menos vai ser a maior de sempre, já que vai ter 6 meses. Para nós, veteranos, eu, Pedro e Nilton, é um orgulho conseguir este salto inédito da RTP2 para a RTP1. Provavelmente, temos também o elenco mais forte de sempre, porque entraram 2 ‘pesos pesados’, portanto, acho que podemos esperar muita loucura em doses ‘cavalares’, muita experiência já, e muito ritmo adquirido, acho que tem tudo para ser a melhor temporada.

Esta passagem da RTP2 para a RTP1, não pode fazer o programa perder aquela ousadia que tinha?

Não, porque o Diretor de Programas, Hugo Andrade, que honra lhe seja feira, fez questão de repetir, sem que ninguém lhe perguntasse ‘Vocês não mudem, não mudem, não mudem. É importante que continuem com o mesmo espírito, porque a razão de estarem aqui é precisamente, ter este programa como uma âncora para trazer, pessoas diferentes para o canal’ E eu e todos os meus colegas ficámos felicíssimos com isso. E mesmo o Markl e o Zé Pedro, que entram agora, conhecem o programa e percebem esse aldo irreverente, e acho que era uma desgraça se o programa o perdesse.

Também devo dizer, que tenho a certeza absoluta, de que façamos, nós, o que fizermos, vai haver sempre uma pequena franja de pessoas, que, pelo simples facto de ser na RTP1, vai dizer ‘oh antigamente é que era bom, o primeiro álbum deles é que era espectacular, a partir daí não’. Essas pessoas, existem sempre, mas eu posso garantir que da nossa parte não vai mudar nada, até porque nós vimos super bem treinados da RTP2. Em todas as temporadas, deitávamos ideias fora, criávamos ideias novas . E às vezes deitávamos ideias fora de que até gostávamos. Mas tínhamos mesmo essa vontade de “bora lá fazer coisas novas”, para não nos cansarmos, mas sobretudo para não cansar o público, porque as pessoas que vêem o programa merecem que a novidade seja constante. Os tempos são cada vez mais de competição e as pessoas têm cada vez menos concentração, menos pachorra, menos paciência, temos que lhes dar sempre algo novo. E nós trazemos esse treino. Vamos continuar.

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O que acha da contratação do Nuno Markl e do José Pedro Vasconcelos?

Acho que é excelente, porque, como disse à bocadinho, são dois pesos pesados. O Nuno Markl é alguém de quem eu ainda por cima sou fã. Eu trabalhei nas Produções Fictícias e uma boa quota parte da razão para ter ido para lá era admirar o trabalho do Nuno Markl. O Zé Pedro é alguém que eu já tive o prazer de entrevistar em rádio e é um tipo cultíssimo, interessantíssimo, com uma pancada muito saudável, mas uma loucura clara que está ali instalada e acho que é alguém que vai surpreender porque as pessoas não estão habituadas a vê-lo neste registo. E ele próprio, outro dia estava a confidenciar-nos que’“isto é a primeira vez que vou fazer algo em televisão de que gosto mesmo’. Portanto, penso que são dois reforços tremendos. Um deles vai ter que se vestir de mulher, infelizmente… (risos) Mas acho que o Zé Pedro já se chegou à frente.

[quote]o 5 Para a Meia-Noite é um programa que tem tudo para estar no ar daqui a 5/10 anos e é claro que não espero lá estar, daqui a cinco anos, por muito que gostasse. A renovação é uma coisa que é natural.[/quote]

E que opinião tem sobre a saída da Luísa Barbosa e da Carla Vasconcelos?

Boinas%25206 A Entrevista - Luís Filipe BorgesFiquei triste, aliás, ficámos todos, tal como ficámos quando a Filomena e o Alvim saíram, porque este trabalho, embora cada um tenha o seu dia, é um programa onde a equipa é fundamental e portanto cada vez que alguém sai, é um aperto no peito bem grande. O que acontece é que as razões para as saídas são as mais diversas e o que acontece é que, felizmente, é gente com muito talento e são pessoas com outras atividades e com convites para alguma coisa e, portanto, nós cá estamos e obviamente torcemos por eles em tudo o que eles estão a fazer e tentamos ultrapassar essa tristeza da melhor forma, fazendo coisas. Infelizmente é a lei da vida. Eu acho que o 5 Para a Meia-Noite é um programa que tem tudo para estar no ar daqui a 5/10 anos e é claro que não espero lá estar, daqui a cinco anos, por muito que gostasse. A renovação é uma coisa que é natural. É o ciclo da televisão e este programa, como está, é uma formatação que pode servir para, vamos supor, daqui a seis meses, quando acabar a série, há aí alguém muito fixe que merece uma oportunidade, então se calhar vai ter que sair um e entrar outro e é assim que as coisas são.

Como é esta passagem para as segundas-feiras?

Vou experimentar o oposto das sextas. Estou muito feliz por isso, porque embora eu tenha muito orgulho nos resultados conseguidos à sexta-feira, foram quatro séries, e a sexta-feira, eu tinha resultados espectaculares. Mas a sexta é um dia, para este programa, é um dia duro, porque o nosso target é jovem e é o dia de sair à noite, portanto eu vejo com muita alegria ter agora o previlégio de abrir a semana, de apresentar o verbo, de poder dizer as piadas à vontade sem risco de estar a repetir alguma coisa que os outros já tenham dito porque estou a abrir a semana, portanto não podia estar mais feliz. A única coisa que mais me preocupa é o Prós e Contras, estou a tentar descobrir onde é que mora a Fátima Campos Ferreira, por-lhe um drunfosinho no café para ela ficar cansada e acabar o Prós e Contras mais cedo. De resto estou bem.

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Portanto, agora a semana vai começar mesmo à segunda?

Vou ter que mudar a frase, porque agora a frase faz sentido. (risos)

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