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A Entrevista – «Companheiros de Luta»

Pedro Vendeira
14 min leitura

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O A&E estreia, no próximo dia 26 de abril, pelas 21h55, Companheiros de luta, uma série com cinco episódios, que acompanha o trabalho desenvolvido pela «Paws & Stripes», uma organização sem fins lucrativos criada com o intuito de ajudar veteranos a ultrapassar traumas de guerra.

Quando Jim e Lindsey Stanek se depararam com um obstáculo intransponível, para tentar arranjar um cão que ajudasse Jim a ultrapassar o seu transtorno de stress pós-traumático, acabaram por meter mãos à obra e fundar a sua própria organização.

O centro «Paws & Stripes» adota cães de canis que, de outra forma, seriam abatidos, e reabilita-os, para que ajudem veteranos de guerra a ultrapassar os seus transtornos de stress pós-traumático.

Fique agora a conhecer melhor os protagonistas desta série.

Entrevista a Jim Stanek

O que o inspirou a criar a organização Paws and Stripes?

Depois de começar a treinar o Sarge, eu e a Lindsey começámos a perceber como eu estava a mudar para melhor, e queríamos ver outros veteranos que estavam a sofrer ter a mesma oportunidade de viver uma vida melhor.

Que tipo de treino recebem os cães da Paws and Stripes? É diferente de outros animais de assistência?
O que fazemos é verdadeiramente especial. Cada veterano e cão treinam em conjunto com a ajuda do pessoal da Paws and Stripes durante todo o programa. Cada cão é destinado a um veterano.

Por que motivo é importante para si usar cães provenientes de refúgios de animais no programa da Paws and Stripes?
É realmente uma parte importante do programa para mim. Os veteranos muitas vezes sofrem bastantes perdas na vida militar. Perder um colega é algo que nunca nos deixa. E agora com a P&S, um veterano é envolvido na escolha do seu cão a partir de um canil. O veterano e o animal estão a salvar-se um ao outro.

Como descreveria a sua função na Paws and Stripes?

Enquanto porta-voz, tenho a oportunidade de me encontrar com muita gente e ajudá-los a perceber o que fazemos e principalmente o que é ter que viver com Transtorno de Stress Pós- Traumático (TSPT) e traumatismo cranioencefálico (TCE) e também explicar que não somos loucos.

Enquanto mentor, tenho o privilégio de acompanhar os veteranos durante o programa. Espero que as experiências com as minhas próprias deficiências e o facto de ter sido o primeiro a concluir o programa com êxito possa ajudá-los no seu percurso.

Qual a melhor parte do seu trabalho? E a pior?

A melhor parte é ver um veterano ter sucesso e a viver a vida que merece.
A pior parte é ver um veterano falhar. Fico arrasado porque sei como a vida é extraordinária e pode sê-lo se não deixarmos as nossas deficiências vencerem.

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Quais as suas expetativas para o futuro da Paws and Stripes?

Continuar a ajudar veteranos que serviram com honra a viver a vida que merecem.

O que acontece a potenciais cães de assistência que não têm um veterano para trabalhar com eles?
Vão continuar disponíveis para adoção. Quando posso faço vídeos sobre os cães para ajudar a encontrar casas permanentes para eles.

Há alguma coisa que tenha aprendido com a criação e gestão da Paws and Stripes que pensa que pode chocar as pessoas? Ou algum facto em particular relacionado com o que faz que gostaria que as pessoas soubessem?
Gostaria que percebessem que veteranos com TSPT não são loucos. Na realidade, são bastante normais tendo em conta o que sofreram.

O que gosta de fazer nos tempos livres?

Estar com a Lindsey e os cães, jogar golfe, caçar e praticar tiro.

Tem algum talento ou passatempo pouco usual?

Não sei se é pouco usual, mas gosto de guiar outros veteranos em caçadas de veados ou javalis no Texas. Depois trabalhar num rancho: quando deixei a vida militar aproveitei as competências que adquiri no exército para me tornar guia. E agora trabalho com a Veteran Outdoors para proporcionar caçadas de sonho a veteranos com deficiências.

Que facto sobre si surpreenderia mais as pessoas?

Que gosto de ver o programa de ficção científica “Supernatural” com a minha mulher. Não sou um fã de ficção científica, mas esse programa é excelente!

Se não tivesse o trabalho que tem agora, o que estaria a fazer?

Estaria com certeza no Texas a organizar caçadas.

Quem ou o que o inspira? Porquê?

Pessoas que ajudam os outros sem procurar ganhos pessoais, pessoas que não julgam os outros, pessoas que dão tudo para que outros possam ser bem-sucedidos. Tenho muita sorte porque sou casado com este tipo de pessoa.

Última questão: qual a sua opinião sobre gatos?

Gosto de gatos.

Não perca na próxima página a entrevista a Lindsey Stanek.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com