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Só sairá da RTP quem quiser sair

A Televisão
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RtpFoi ontem que decorreu uma reunião entre a plataforma dos sindicatos da RTP e o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. No fim ficou a garantia do Governo de que apenas sairão da estação pública de televisão as pessoas que «queiram sair».

«Sairão da RTP tantas pessoas quanto as que queiram sair. Os processos de rescisão por mútuo acordo foram sempre processos de negociação individual, entre o trabalhador e a empresa», afirmou Clarisse Santos, porta-voz da plataforma dos sindicatos da RTP, a’ O Primeiro de Janeiro, à saída da reunião. «Da RTP sairão todas as pessoas que queiram sair e que tenham condições para o fazer. Aquilo que digo como dirigente sindical é que não aceito qualquer redução de quadros que seja absurda, no sentido de ficarmos sem suporte técnico e humano para a RTP», disse ainda a dirigente sindical, garantindo ter sido essa uma garantia reiterada na reunião dos sindicatos da RTP com a tutela da empresa.

Outras das «garantias» deixadas por Miguel Relvas foi a de que «a qualidade do serviço público vai ser mantida, “vai ser reforçada”, segundo as palavras do ministro», disse Clarisse Santos, acrescentando que «O Governo não quer ser refém das audiências, mas pôs em causa o nível das audiências da RTP, da rádio e da televisão». «A questão é: 140 milhões da contribuição para o audiovisual (CAV) – que o ministro e o Governo consideram contributos públicos – neste momento, para as audiências que hoje se verificam, continua a ser muito dinheiro”, justificou, acrescentando que o que «o senhor ministro quis dizer» foi que «Apesar de não ser refém das audiências, [o Governo] exige e quer e gostaria que a RTP tivesse mais audiências e penso que isso não é um desejo exclusivamente do ministro, deste ou de qualquer outro, ou deste ou de qualquer governo. É um desejo de todos os trabalhadores da RTP e de todo o povo português».

Os 11 sindicatos da estação pública saíram do encontro com Miguel Relvas «mais tranquilos», visto que este processo era visto como «doloroso». «Vão ser dolorosos os cortes orçamentais, é óbvio. Porque não vai ser fácil a RTP viver de 180 milhões e foi nesse sentido que o ministro explicou a palavra e o processo “doloroso”», disse Clarisse Santos.

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