A comissão de trabalhadores(CT) defende que o processo de reestruturação da RTP anunciada pelo Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, está a ser preparado «de forma ilegal e clandestina», confirmou um porta-voz em declarações à agência Lusa.
Os trabalhadores da estação pública pretendem «impugnar judicialmente a reestruturação» da empresa que consideram constituir uma violação do artigo 429º do Código do Trabalho, que atribui aos funcionários da empresa o direito à informação e consulta prévias sobre eventuais planos ou projetos de reestruturação.
Além do anúncio do ministro Miguel Relvas, a CT da RTP considerou igualmente a entrevista dada na quarta-feira, no programa «De Caras», pelo presidente da empresa, Alberto da Ponte, como «uma atitude de terrorismo empresarial» e exigiu conhecer o projeto pensado para a reestruturação da estação pública.
Em declarações à Lusa, Camilo Azevedo, porta-voz dos trabalhadores da estação pública considerou a entrevista «mais uma atitude de terrorismo empresarial em que se agita o medo e o espetro do despedimento coletivo para assustar os trabalhadores da RTP e inquietar o seu público», depois de o presidente da RTP, ter anunciado que o grupo terá uma grande «disciplina de custos» e admitiu que a empresa «pode estar sobredimensionada» no número de trabalhadores, levando ao despedimento de funcionários.
