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«Príncipes do Nada»: Portugueses conhecem novos «relatos de esperança» esta semana

David Soldado
3 min leitura

Catarina Furtado regressou à antena da RTP 1 no passado mês de janeiro com a quarta temporada de Príncipes do Nada. Agora com um novo parceiro, o Instituto Camões, o programa volta à televisão portuguesa com diferentes histórias de pessoas que trabalham diariamente pela melhoria do mundo nas mais diversas áreas. O novo episódio, que viaja esta semana para Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, é transmitido esta quinta-feira, dia 16 de fevereiro, a partir das 21 horas.

Esta semana, Catarina Furtado aterra, primeiro, em Díli para conhecer a Casa Vida, uma organização não governamental (ONG) dedicada às meninas e raparigas timorenses vítimas de abusos sexuais. Joana, hoje com 18 anos tinha apenas 12 quando chegou à Casa Vida. É a primeira de muitas histórias que ajudará os telespectadores a compreender o que motivou Simone Assis a fundar esta associação há nove anos.

Os níveis de violência com base no género em Timor-Leste são muito elevados Três em cada cinco mulheres foram vítimas de violência física ou sexual. Muitas das meninas que são vítimas de incesto ficam grávidas com 12 e 13 anos. Com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a População, a Casa Vida e a ALFELA – associação que fornece assistência jurídica gratuita a meninas e mulheres por todo o país – trabalham diariamente pelos direitos das meninas e mulheres que sofrem maus tratos. Grande parte dos casos de violência doméstica são resolvidos através da justiça tradicional, especialmente em contextos com casamentos “barlaque”, ou seja, quando existe o pagamento, pelo marido, de um dote à família da mulher. Serão contados muitos relatos de dor mas também de esperança.

Segue-se a viagem até São Tomé e Príncipe onde os portugueses ficam a conhecer Dulce, de 63 anos, mãe de 10 filhos, que só agora vai à sua primeira consulta de ginecologia, graças ao “Saúde para Todos – Especialidades”, projeto do Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF). Uma das prioridades desta organização não governamental é combater o cancro do colo do útero, uma das principais causas de morte na mulher nos países subdesenvolvidos. A equipa portuguesa desta ONG, que tem o apoio do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, e da Fundação Calouste Gulbenkian, desloca-se a São Tomé com regularidade, sempre com o objetivo de assistir o maior número de casos possíveis. Os mais graves costumam ser transferidos para Portugal, onde os pacientes são submetidos a tratamentos inexistentes em São Tomé. Integrar a vacina contra o cancro do colo do útero no Plano Nacional de Vacinação de São Tomé é uma das grandes vontades do IMVF.

Redactor.