Um dos aspectos mais marcantes da televisão seja em Portugal ou noutra parte remota da nossa Terra é o entretenimento. Muitos são os programas que, em horário nobre, são capazes de entreter todos os espectadores que, àquela hora, estejam a ver televisão.
Contudo, em Portugal temos um enorme problema a nÃvel do entretenimento, nos generalistas. Por um lado, apostamos em concursos nos quais crianças, jovens e adultos colocam à prova os seus dotes. Por outro lado, temos novelas que, a meu ver, não são sequer considerados programas de entretenimento.
A RTP, por ser Serviço Público, é, dos quatro canais, aquela que mais entretenimento oferece a nÃvel de séries nacionais e entre outros programas. A SIC pouco oferece, A TVI tem aversão a estes programas.
Porque é que, em Portugal, temos este défice?
O dia tem 24 horas e as televisões generalistas devem apostar em entretenimento (não descurando as outras categorias). Variar a sua grelha. Variar, simplesmente. Há quem tenha apenas 4 canais e que não gosto do primetime dos generalistas.
A razão é simples: as necessidades não são satisfeitas e há quem vire as costas à nossa TV. E isto não pode acontecer. A RTP prima sempre por mostrar a nós, portugueses, a sua faceta mais divertida, mais familiar, mais interessante. É de notar que de 4 canais generalistas, apenas 1/2 se dedique a esta categoria. É lamentável.
Mais lamentável, ainda, são os escapes que as pessoas realizam para o Cabo (aquelas que têm poder económico para tal) para encontrar uma outra forma de queimar o seu tempo e não é de surpreender a afluência cada vez maior aos canais temáticos.
O “troféu” desta semana vai para a RTP porque é ela que nos faz viver momentos de tranquilidade, em famÃlia.
Eu, espectador assÃduo de televisão, dou uma sugestão à s cadeias de televisão: todos os meses, retirem um dia que seja para organizar uma espécie de debate televisivo em que o tema será a própria televisão (actualmente, faz-se este tipo de programa no Reino Unido). Parece disparatado, mas não é porque se formos ver bem, somos capazes de encontrar soluções economicamente viáveis para criar mais dinamismo na televisão portuguesa.
Que tal irmos buscar à TV inglesa, umas quantas ideias? Mudar significa trabalhar. Falta a força de vontade. Portugal tem-na?