A associação que representa os autores e produtores de vídeos assinou uma parceria com a Google para a eliminação automática de filmes não autorizados para o YouTube. A filtragem deverá arrancar em maio e a Associação para a Gestão de Direitos de Autor, Produtores e Editores (GEDIPE) estima que milhares de ficheiros poderão ser removidos.
No próximo mês a GEDIPE deverá começar a fazer o upload das grelhas dos canais portugueses para o YouTube, com o objetivo de fazer uma filtragem automática dos vídeos que não têm autorização para ser reproduzidos. A estreia deverá arrancar com a programação da SIC e a TVI está em vias de aderir ao serviço, estando ainda a GEDIPE em negociações com o canal de Queluz de Baixo para estender a supervisão ao YouTube, segundo avançou a Exame Informática.
Os representantes dos autores e dos produtores de vídeo admitem que a filtragem possa ser usada para retirar do YouTube vídeos que já saíram das emissões de TV e dos cartazes dos cinemas, mas, numa primeira fase, serão eliminadas obras que estão atualmente em exibição. O sistema que o YouTube disponibiliza para a remoção de ficheiros não autorizados tem por base o upload de vídeos identificados através de técnicas de finger printing e water marking, que permitem identificar a autoria de cada vídeo. O sistema, porém, não é infalível. Como tal, além de uma filtragem antes de publicação, prevê-se o recurso a verificações automáticas após a publicação. A filtragem e a remoção dos vídeos só deverão incidir sobre conteúdos de produtores e autores portugueses que tenham aderido ao serviço.
O serviço pode ser solicitado por produtoras de vídeo, canais de TV, estúdios de dobragens ou vendedores de DVD.
