fbpx

Herman em entrevista

Pedro Vendeira
5 min leitura

Como já foi avançado, hoje Herman José é o convidado de Constança Cunha e Sá em “Cartas na mesa”, entrevista exibida na TVI24. Amanhã, será um dos convidados no “Você na TV” (TVI).

Se há “namoro”, ninguém o assume. A estação justifica-se dizendo que se o humorista “não está ligado a nenhum canal, está à vontade para o convidar a participar nos programas”. O próprio põe mais achas para a fogueira quando diz que tenciona ir à “Praça da Alegria” (RTP). Ponto da situação: como o novo projecto na SIC não irá vingar, Herman José veio dizer que está no mercado.

Esta foi a entrevista que o humorista deu ao Jornal de Notícias:

Vai ao programa do Manuel Luís Goucha “Você na TV”. Isto pode ser visto como um sinal em relação ao seu futuro?

Não quer dizer nada. É só reagir a quem nos quer bem. E em breve faço questão de ir dar um abraço ao Jorge Gabriel! E, se me deixarem, fazer um grande cozinhado.

Já não tinha contrato com a SIC…

Desde o final do “Hora H” (agora a passar com grande felicidade minha na SIC Radical) que não tenho contrato de exclusividade com a SIC. Em 2008, estive quatro meses à espera de um projecto. Em 2009, a espera já ia em três meses. Digamos que por muito que se respeite uma empresa não se torna fácil gerir buracos tão grandes, para quem se tinha habituado a sete anos seguidos de muito trabalho. Passei de vedeta do canal, produtor com a Herman Zap de eventos como os Globos de Ouro (que apresentei até ao fim da saudosa era Manuel da Fonseca) a apresentador esporádico de concursos. Não que sinta qualquer ressentimento por tão grande perda de protagonismo, mas não é preciso ser nenhum Einstein para perceber até onde é que a regressão me iria levar…

Estava à espera de novo programa.

Tinha sido apalavrado pelo Nuno Santos em Janeiro deste ano um projecto de 13 episódios de “stand up” gravados num teatro ao vivo. Chegamos a discutir orçamentos, desenhar cenários, contactar equipas, mobilizar as Produções Fictícias como autores e co-produtores. Até nos foi dada uma data de estreia: 27 de Março. O nome do programa era genial, e da autoria do próprio director de Programas. Infelizmente, não foi possível a concretização. Digamos que a boa vontade e o encantamento do Nuno Santos terá sido atraiçoado pela maldita crise.

Será também um efeito da crise?

Espero que seja só isso. É que as crises passam. A SIC é uma grande marca e merece todo o sucesso.

A mágoa vem da altura em que terminou “A Roda da Sorte”?

A mágoa está mais no esforço de quem tenta omitir e esquecer, de que a “Roda da Sorte” pegou num horário queimado há anos, e que na sua 50ª edição já garantia 661000 espectadores e 20,3% de “share”. Ironicamente, o “Nós Por Cá” de 30 de Março baixou para 449 mil espectadores. Torço sinceramente para que a fantástica equipa da Conceição Lino (que admiro) chegue à sua 70ª edição, com os mesmos 781700 espectadores e 24,1% de quota da “Roda”.

Já estabeleceu contactos com a TVI e com a RTP?

Neste momento, a minha cabeça ainda está no CAE da Figueira da Foz onde tenho um espectáculo com a minha orquestra no próximo sábado, e que não admito que seja menos do que excelente !

Que tipo de programa gostava de fazer nesta fase da sua carreira?

O meu formato ideal é o modelo “Jay Leno / Conan O’Brian”. Algo que ensaiei na RTP com muito sucesso com o Herman 98. Custa a acreditar que Portugal seja o único país que não tenha uma sala de visitas de luxo receber vedetas nacionais e internacionais.

Considera que as estações não sabem tratar bem as suas vedetas?

Se fizer essa pergunta ao Manuel Luís Goucha, ao Jorge Gabriel, à Júlia Pinheiro, à Catarina Furtado, ao José Carlos Malato ou à Alexandra Lencastre, garanto-lhe que a resposta é “algumas estações sabem muito bem como tratar e preservar as suas maiores vedetas”.

Siga-me:
Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com