fbpx

Cláudio Ramos foi operado de urgência

A Televisão
5 min leitura

Cláudio RamosCláudio Ramos foi submetido, ontem, a uma nova cardioversão, depois de três dias a sentir «um peso grande no peito». Há seis anos, o cronista teve um episódio grave de fibrilhação e, já nessa altura, foi submetido a uma cardioversão. Dessa altura a esta parte, Cláudio Ramos esteve sempre medicado, mas agora foi forçado, de última hora, a uma intervenção.

No seu blog pessoal, intitulado Eu Cláudio, Cláudio Ramos partilhou com os seus leitores este episódio. Para além de ter relatado os acontecimentos dos últimos dias, publicou, também, umas fotos suas na cama do Hospital de Santa Cruz. No fim, deixou alguns agradecimentos e um pedido de desculpa.

Leia agora, na íntegra, o post que Cláudio Ramos fez:

Numa altura que este blog começou a ser diariamente seguido por mais de duzentas mil pessoas e dez mil todos os dias, é justo que partilhe com vocês o que me aconteceu. Quem me conhece sabe que o meu coração gosta de atenção, mimos cuidados. Há seis anos tive um episódio grave de fibrilhação auricular que me obrigou a parar uns tempos e a ser submetido a uma cardioversão. Desde esse tempo tenho feito a medicação certa e tenho estado atento a tudo… Mas nem sempre tudo depende de nós. Há três dias comecei a sentir um peso grande no peito, a sensação de que alguma coisa queria saltar, não estava bem… Falei com o meu cardiologista que logo me mandou fazer exames. Tentamos tudo pela medicação, reforçando as doses e eu chato como sou a tentar evitar aquilo que no fundo sabia que teria que fazer, ia resistindo…
Terça-feira de madrugada, acordo com uma imensa falta de ar, não conseguia respirar, andar, sentia o corpo como se tivesse a correr duas horas numa passadeira. Assustei-me, esperei até às seis da manhã para ligar ao médico. Assim que consegui falar com a equipa dele,  rapidamente me mandaram para o hospital da Luz. Reforçou-se a medicação na esperança de que o ritmo e o susto voltassem ao lugar… não aconteceu. Quarta-feira, depois do programa não conseguia quase andar, custava-me respirar, mexer os braços… sempre acompanhado pelo médico fui fazendo a minha vida… Mas tornou-se insuportável na madrugada e tive que ir para o hospital da Luz, só que antes de sair de casa bebi um iogurte e comi qualquer coisa… não o devia ter feito, porque assim tudo se complicou ainda mais. Assim que chego ao hospital, já com a equipa toda avisada submetem-me a novo exame ao coração, o ritmo a 172 por minuto. Mais do dobro do que se deve ter… era imperativo recorrer de urgência a uma cardioversão porque uma fibrilhação desta natureza pode trazer graves consequências… Análises ao sangue para ver se a coagulação permitia a invasão (eu faço medicação de coagulação sanguínea para evitar coágulos). Espera. Sou enviado para a equipa do hospital de Santa Cruz e  quando se decide avançar, não o podemos fazer porque como tinha comido não me podia ser dada a anestesia. Esperei doze horas para que me metessem a dormir… e voltasse a sentir o coração ao ritmo normal.
Tenho que ser absolutamente grato à equipa do professor Pedro Adragão, um dos melhores e uma referência em problemas desta natureza em todo o mundo. Foi graças a ele e a toda a equipa do hospital de Santa Cruz que agora, tranquilo vos posso contar este episódio.  Ao Dr. Hélder e à sua equipa que foram extraordinários assim como a minha equipa de trabalho no «Querida Julia», que desde do primeiro minuto me tranquilizaram e apoiaram. 
Peço desculpa à Madeira. Teria que estar Sábado no Funchal numa acção, mas prometo ir. Não foi desta, será na próxima… e sabe Deus o que me custa, porque eu detesto falhar profissionalmente. 
Agora resta-me ficar aqui num cantinho sossegado durante uns dias. Depois volta tudo ao seu ritmo normal.
Siga-me:
Redactor.