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Um novo ciclo

A Televisão
2 min leitura

Não são minhas as palavras deste título. Pedro Miguel Paiva, diretor de produção e um dos criadores do Curto Circuito, no ar há quase 11 anos, fez questão de afirmar isso mesmo na emissão especial de hoje onde foram apurados os dois vencedores do mais recente casting do mítico programa da SIC Radical. Pedro justificou as saídas de Rui Pego, Diana Bouça-Nova e Diogo Valsassina com a promessa de que em setembro o programa regressará com uma nova filosofia, ou seja, um “novo ciclo” assim apelidado pelo diretor de produção perante os nervosos finalistas dos casting, desejosos de saber o desfecho do concurso.

Mas toda esta expectativa criada em torno do Curto Circuito, no dia em que o programa se despede para um mês de férias, até poderia ser bem-vinda caso não estivéssemos nós a falar de mais um “novo ciclo”, depois dos inúmeros pelo qual este programa já passou ao longo de todo este tempo, ou não estivesse no ar há mais de dez anos.

Cc 2011 Um Novo Ciclo
O Curto Circuito atual é totalmente diferente daquele que passava na extinta CNL, em 1999. Os tempos são outros, a própria cultura dos espetadores na casa dos 15 ou 20 anos é totalmente diferente de há dez anos atrás e agora já não é preciso que os espetadores enviem fax’s ou telegramas para o programa pois as redes sociais facilitam muito mais esse trabalho e essa interatividade

Obviamente que o papel de “gerador de novos comunicadores” continua a ser inquestionável neste programa, com os recentes exemplos Rui Pego e Diana Bouça-Nova que já se mostram prontíssimos para voar mais alto. Mas nunca é demais questionar se o Curto Circuito ainda tem mesmo espaço nos moldes atuais de televisão. É que continuar a levar a cabo um formato que apenas ganha interesse quando faz castings em torno do novo apresentador não é, de todo, um projeto bem sucedido.

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