Apesar dos tempos de crise que vivemos, e da falta de mercado em termos televisivos para uma nova estação privada, já começam a existir os primeiros interessados para a futura TV Portugal. Tal como A Televisão informou no dia de ontem, o Futebol Clube do Porto é um dos possÃveis investidores, ainda que seja parcialmente, nesta privatização.
Com o objetivo de levar a Portugal e ao mundo uma maior imagem do clube, e de aumentar a própria notoriedade da marca FCP, este parece ser um negócio que interessa a Jorge Nuno Pinto da Costa.
Sendo assim, que identidade e essência terá o futuro primeiro canal, com uma história que já ultrapassa os 50 anos? Será que com o interesse de outras operadoras ou empresas privadas, se terá em conta o passado da RTP1, e não apenas o momento em que esta passará a atingir lucro?
É uma matéria complicada de debater e que, nos tempos que correm, pode ser importante para o Estado existir um interessado.
No entanto, e em termos televisivos, o que significará este investimento? A oferta será melhor? Os apresentadores serão os mesmos? Que clima se sentirá nestes dias pela RTP1, por se ter conhecimento de tal realidade? Apesar de ainda não ser definitiva, muito pelo contrário, pairará já pelo primeiro canal algum desconforto por tal interesse do Futebol Clube do Porto?
Toda esta história me soa um pouco como uma carta fora do baralhado. A Porto Media, habituada a gerir e a trabalhar com o Porto Canal, estará apta para lidar com um canal como o do Estado? Sim, é verdade que o principal objectivo do clube do Norte é, precisamente, atingir a RTP Internacional, de forma a levar aos portugueses e estrangeiros uma imagem da equipa, nomeadamente com a criação de alguns conteúdos especÃficos que falem sobre a história, as contratações, os últimos jogos, a posição na Liga Portuguesa e outros campeonatos no mundo.
Contudo, será só isso? Não existirão outras ligações escondidas por trás deste negócio? É preciso muita cautela, e uma excessiva análise nos interessados. Por vezes, mais vale esperar, do que causar arrependimento para o futuro.
E nestas coisas da economia, media e televisão, já se sabe! Veremos as próximas notÃcias…
