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MOV estreia «Orphan Black»

Pedro Vendeira
3 min leitura

Mov

A nova série de ficção científica Orphan Black, surpreendeu a crítica e o público graças à mitologia complexa, cercada de mistérios, mentiras e perigos que envolve as clones, todas interpretadas pela atriz revelação Tatiana Maslany, vencedora do galardão para Melhor Atriz/Ator de série dramática pela Television Critics Association e o prémio de Melhor Atriz pelo Critic’s Choice Television.

Em 2006, o cientista Severino Antinori declarou, a despeito de todas as discussões éticas e legais, ter feito três clones humanos em 2003 que, segundo ele, viviam no Leste Europeu. A notícia chocou o mundo e levou muita gente a questionar a sua veracidade.

Sarah (Tatiana Maslany) acredita ser órfã e sozinha no mundo até que se apodera da identidade, dos relacionamentos e do dinheiro de uma mulher muito parecida com ela, que se suicidou numa estação de metro e que representa a possibilidade de mudar de vida e conseguir a guarda da filha.

Ao assumir a identidade da mulher, Beth Childs, uma detetive da polícia que atuava no departamento de assuntos internos, Sarah descobre que ela e a falecida são, na verdade, clones que um assassino profissional está determinado a eliminar.

A oposição constante entre a temática científica e a ética social é realçada pelo excelente trabalho de Tatiana Maslany, a atriz que maravilhou os espectadores imprimindo sotaques e trejeitos inconfundíveis a cada uma das personagens que representa ao longo de 10 episódios.

John Fawcett e Graeme Manson dão forma ao argumento que determina o clima de suspense constante da série, desenvolvendo-a numa atmosfera de incertezas e inseguranças que coloca Sarah frente a frente com várias versões da mesma matriz, exteriorizando os conflitos pessoais de quem se descobre como uma imensa prova de contradição à natureza.

À medida que desvenda os segredos de Beth, Sarah vai-se deparando com mais cópias e cada uma delas reside dentro da mais completa ordem natural. A vida das cópias é como a vida de qualquer pessoa, ainda que secretamente, elas sejam parte de um plano maior, controladas dia e noite por uma vida que é encenada para elas e não por elas.

Qualquer e toda cópia tem um original… Mas qual delas é o princípio de tudo? Quem é a original? Será que existem mais cópias? E mais importante que tudo: porquê? Orphan Black, uma produção canadiana da BBC América, é um verdadeiro jogo de vida ou morte e uma das séries mais inteligentes e nervosas da atualidade, onde o espectador é enganado e surpreendido constantemente.

Estreia hoje, dia 22 de outubro no canal MOV, pelas 22h30.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com